Ao pé da porta de entrada onde vivo sinto o cheiro das flores que nesta época do ano florescem. Ao longe, num terraço, ouço o som de um saxofone. Alguém treina com afinco diversas melodias. Esse som e este cheiro aqui mais perto transportam-me para outras paragens. O cigarro na mão torna-se pesado. Deito-o fora. Sonho, sonho, para que o sonho? Acordo, tenho que fazer! Volto à realidade. Tenho que tentar. Pena que não possa sonhar todos os dias. Sinto-me cansado para fazer da vida um sonho. Olho para o lado, uma formiga carrega um pedaço de “comida” maior que ela. Luta. Debate-se mas não desiste. Continua pelo carreiro. Foge aos “pozinhos letais” que a minha senhoria colocou à entrada da minha porta. Ajudo-a a superar um obstáculo. Assusta-se. Foge. Faz-me lembrar que em determinadas alturas da minha vida tentei ajudar alguém e fui incompreendido. Segue o meu sonho de uma noite de verão.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O som do cheiro
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A vida nunca vai ser um sonho, mas podemos tentar q seja uma realidade sonhada!
ResponderEliminarAgora, lembrei-me das aulas de literatura espanhola e de "La vida es sueño" do Pedro Calderón de la Barca.
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