quarta-feira, 12 de maio de 2010

OS ESPINHOS DESTA VIDA





Durante a era do gelo, muitos animais pré-históricos, mesmo que gigantescos, não se adaptavam às condições climáticas hostis, e não resistindo ao frio intenso, morriam.

Os porcos espinhos, numa tentativa de sobreviver, começaram a se aglomerar, pois perceberam que daquele modo cada um poderia sentir o calor do outro. Juntos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por um pouco mais de tempo o longo inverno tenebroso.

Todavia a própria estrutura anatômica dos porcos passou a ser um problema. Os espinhos de cada porco feriam os demais, principalmente os que mais forneciam calor. Furados e feridos, eles dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos dos outros. Os dissidentes, buscando subsistir sozinhos em separados, pereciam sem demora: o corpo era um só para suportar a nevasca devastadora. Vendo muitos congelarem, os que não morriam, apesar de agonizarem, voltavam a se aglomerar ao bando pouco a pouco, timidamente, com mais jeito e precaução, de forma que, unidos, cada qual conservava certa distância um do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir.


Moral da história:

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O CÃO VELHO (EXPERIENCIA É SABEDORIA)

CÃO VELHO




Uma velha senhora foi para um safari em África e levou seu velho rafeiro com ela.



Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta que estava perdido.



Vagueando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direcção, com a firme intenção de conseguir um bom e farto almoço.





O velho cão pensa rápido (pois velho pensa rápido):



- Oh, ohuuuuuuu! Estou mesmo enrrascado! Olhou à volta e vê ossos espalhados no chão bem próximo dele. Em vez de se apavorar mais ainda, o velho cão, ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador, fingindo que não o tivera visto antes…



Quando o leopardo estava a ponto de dar o salto afim de o abocanhar, o velho cão exclama bem alto:

- Este leopardo estava delicioso!!! Será que há outros por aí??



Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um terrível arrepio de espinha, suspende o seu ataque, já quase começado e esgueira-se na direcção das árvores e pensa:

- Caramba!!! Essa foi por pouco!!! O velho rafeiro quase me pegava…!



Um macaco, numa árvore ali perto, viu a cena toda e logo imaginou como fazer bom uso do que vira. Em troca de protecção para si, informaria o predador que o cão não havia comido leopardo algum...



E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cão vê-o correndo na direcção do predador em grande velocidade, e pensa:



- Aí há marosca…



O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o acontecido e faz um acordo com o leopardo.



O jovem leopardo fica furioso por ter sido enganado e diz:

- Oh macaco, sobe nas minhas costas para veres o que acontece com aquele cão abusador…



Agora, o velho cão vê um leopardo furioso, vindo em sua direcção, com um macaco nas costas, e pensa rápido novamente:



- E agora, o que é que eu faço?



Mas em vez de correr (pois sabia que suas pernas doloridas não o levariam longe...) senta-se, mais uma vez de costas para os agressores e fazendo de conta que não os via…, quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz:



- Mas onde é que anda o lento daquele macaco? Estou a morrer de fome…!!! Disse que me traria outro leopardo e até agora nada…



Moral da história:

Não mexa com Cão Velho... Idade e habilidade se sobrepõem à juventude e à intriga. Sabedoria só vem com idade e experiência.